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Metrópole e poder simbólico

- Produção do espaço e ordem social em São Paulo

Bag om Metrópole e poder simbólico

Dentre os fatos decorrentes da urbanização - aqui entendida como a substituição do ambiente natural por outro técnico, artificialmente construído por meio da atividade social de produção do espaço - reveste-se de especial interesse para o sociólogo o surgimento de um agrupamento social singular que reivindica o controle do processo de produção do espaço e dos rumos que a urbanização deve seguir, quer dizer, a definição legítima do dever-ser da cidade. Em um contexto de urbanização completa da metrópole, da criação de um meio ambiente artificial com o consequente distanciamento da ordem do mundo natural, essa reivindicação está relacionada a uma aspiração ainda maior, a saber, a participação na divisão do trabalho de dominação legítima na instituição da ordem social. Em que medida tal reivindicação e aspiração obtêm êxito e em que bases sociais se funda sua legitimidade? Qual a profundidade e extensão da influência e condicionamento que essa comunidade humana exerce sobre a produção do espaço e dos rumos da urbanização? (...) O presente livro apresenta uma análise sociológica dessa problemática tendo como base empírica a Região Metropolitana de São Paulo. Nele, busca-se explicitar o aparecimento, estruturação e desenvolvimento desse agrupamento social singular. Agentes que, por compartilharem do interesse comum na definição legítima do dever-ser da cidade e dos rumos que a urbanização deve seguir, estabelecem relações objetivas e ligações institucionais cuja permanência, duração e regularidade caracterizam um espaço social distinto, dotado de certas propriedades passíveis de apreensão e explicação. A observação da cena urbana da metrópole de São Paulo revela um espetáculo inquietante, cujo desenrolar parece não ter sido planejado, pretendido ou esperado por nenhum de seus protagonistas. Descortina-se um estado de coisas que se assemelha a uma guerra hobbesiana, aberta ou velada, de todos contra todos pela produção, apropriação e consumo do espaço e pelos benefícios, cada vez mais escassos, da urbanização, em meio a tentativas de constituição de uma ordem urbana racional e planejada.

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  • Sprog:
  • Portugisisk
  • ISBN:
  • 9786590091000
  • Indbinding:
  • Paperback
  • Sideantal:
  • 264
  • Udgivet:
  • 15. juni 2019
  • Størrelse:
  • 170x244x14 mm.
  • Vægt:
  • 426 g.
  • 8-11 hverdage.
  • 27. november 2024
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Beskrivelse af Metrópole e poder simbólico

Dentre os fatos decorrentes da urbanização - aqui entendida como a substituição do ambiente natural por outro técnico, artificialmente construído por meio da atividade social de produção do espaço - reveste-se de especial interesse para o sociólogo o surgimento de um agrupamento social singular que reivindica o controle do processo de produção do espaço e dos rumos que a urbanização deve seguir, quer dizer, a definição legítima do dever-ser da cidade. Em um contexto de urbanização completa da metrópole, da criação de um meio ambiente artificial com o consequente distanciamento da ordem do mundo natural, essa reivindicação está relacionada a uma aspiração ainda maior, a saber, a participação na divisão do trabalho de dominação legítima na instituição da ordem social. Em que medida tal reivindicação e aspiração obtêm êxito e em que bases sociais se funda sua legitimidade? Qual a profundidade e extensão da influência e condicionamento que essa comunidade humana exerce sobre a produção do espaço e dos rumos da urbanização? (...) O presente livro apresenta uma análise sociológica dessa problemática tendo como base empírica a Região Metropolitana de São Paulo. Nele, busca-se explicitar o aparecimento, estruturação e desenvolvimento desse agrupamento social singular. Agentes que, por compartilharem do interesse comum na definição legítima do dever-ser da cidade e dos rumos que a urbanização deve seguir, estabelecem relações objetivas e ligações institucionais cuja permanência, duração e regularidade caracterizam um espaço social distinto, dotado de certas propriedades passíveis de apreensão e explicação. A observação da cena urbana da metrópole de São Paulo revela um espetáculo inquietante, cujo desenrolar parece não ter sido planejado, pretendido ou esperado por nenhum de seus protagonistas. Descortina-se um estado de coisas que se assemelha a uma guerra hobbesiana, aberta ou velada, de todos contra todos pela produção, apropriação e consumo do espaço e pelos benefícios, cada vez mais escassos, da urbanização, em meio a tentativas de constituição de uma ordem urbana racional e planejada.

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